quinta-feira, 25 de março de 2010

Como sempre









Coração acelerado
palavras invisíveis
beijo guardado


Rádio ligado
música antiga
amor renovado

A mesma poesia
o mesmo sorriso
acordando a  fantasia

segunda-feira, 22 de março de 2010

No pronto socorro

Semana passada estive gripada e precisei ir ao hospital, mas já estou ótima.

Ontem fui de novo ao pronto socorro, só que dessa vez estava apenas acompanhando minha sogra que não estava muito bem.

Após ser atendida pelo médico ela foi tomar medicação.Eu  fiquei junto esperando.
Chegou uma moça queixando-se de cólica renal. Foi atendida e ficou do lado da minha sogra tomando medicação.

De repente a mulher começa a gemer de dor e diz: "O bebê está nascendo".

Não tinha obstetra  na hora e o clínico geral foi  obrigado a fazer o parto ali mesmo no pronto socorro. Descobriram então, que  a moça mentiu e que na verdade  estava grávida.

Eu ri muito e cheguei a conclusão que não preciso me preocupar com esse tipo de cólica renal, eu fiz laqueadura.

sábado, 20 de março de 2010

Bilhete



Interessante como tem dias que me faltam a palavras. Sentimentos que não consigo explicar afloram em meu coração. É uma sensação boa, de paz  e de ternura. Olho nos  olhos e isso me traz conforto.Fico tentando fazer com que as palavras saiam , mas não consigo. Estou bem.  É isso.Nada mais a declarar.

Vilma- (descobrindo que alguns sentimentos são inexplicáveis)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Realizando sonhos

Tenício tirou as botas, o chapeú, enxugou o suor do rosto com um lenço e foi direto para cozinha. No fogão à lenha Maria preparava o almoço do dia: frango com polenta.

Ele começou a contar sobre sua manhã, sobre a res que havia sido encontrada morta provávelmente por uma cascavel e que talvez todo o rebanho estivesse a perigo.

Maria mexia a polenta e ouvia o marido.

 Há anos trabalhavam numa fazenda como empregados, mas haviam juntando um dinheiro para ter sua própria terra.

Tenício cuidava do gado e Maria além dos afazeres domésticos também fazia queijo para vender.Foi assim que criaram os cinco filhos, todos já casados.

Foram anos de luta e agora finalmente iriam comprar seu primeiro pedaço de terra. Almoçaram felizes.

Tenício voltou para o pasto pensando em quando tivesse seu próprio gado. Maria ficou lavando a louça e sonhando com a horta que iria fazer em seu sítio.

terça-feira, 16 de março de 2010

Sempre








Toque suave 
momentos vividos
confortando a alma
acordando os sentidos


Beijo doce
carinho preciso
atiçando o desejo
perdendo o juízo

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dias de trovão

Geralmente tenho uma saúde de ferro, mas de uns 3 dias para cá comecei a sentir um pouco de cansaço, coriza e tosse. "Lá vem a gripe", pensei.

Quando tenho gripe continuo com minhas atividades normais. E assim continuei trabalhando e organizando a festa que iria dar pelo aniversário de minhas filhas,Valkiria e Victória.

No sábado acordei um pouco mais indisposta, mas nem dei muita importância, tinha muita coisa para fazer.

Começou a festa das meninas e eu cada vez mais cansada. No ínicio da noite comecei a sentir falta de ar e tive que ir correndo para o hospital.

Ontem passei o dia todo de cama e tomando remédio, inclusive o tal do Tamiflu, aquele que é para gripe A, isso sem falar que tive que preencher um relatório enorme  para vigilância sanitária.

Não estou com a gripe A, mas devo estar com  a B,C,D,E..., portanto, passem longe de mim.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Encontro

Alice morava num cidadezinha do interior e prestou vestibular numa capital, passou  e teve que se mudar para lá.

Os primeiros dias foram angustiantes,  não conhecia ninguém e nem sabia usar o ônibus, foi aos poucos se habituando com as novidades.

 Dois meses depois já estava completamente estabelecida na capital. Estudava  dia e noite para ser aprovada. Ligava toda semana para família e se sentia feliz.

Não era uma moça dentro dos padrões de beleza estabelecido pela sociedade, mas era bela.

Aos domingos saía para almoçar, às vezes em restaurante, às vezes na casa de algum amigo.

Seguia assim tranquilamente até o dia que conheceu Alberto, um loiro de olhos azuis, que lhe arrebatou o coração. Depois disso, nunca mais foi a mesma, pensava em Alberto o tempo todo, mal conseguia  se concentrar nos livros.

Alberto que também estudava na mesma universidade que ela parecia não se dar conta da presença de Alice, na verdade ele a ignorava completamente.

Um dia encontraram-se na biblioteca, foi um esbarrão entre uma estante e outra, quando o moço se deu conta estava paralisado olhando para Alice. Nunca na vida tinha visto figura tão bela. Pediu desculpas e aproveitou para perguntar em que ala ela estudava.

Ela respondeu, e desse dia em diante nunca mais se separaram, hoje  estão formados,casaram-se, tem 04 filhos e moram na capital.

segunda-feira, 8 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Separa/volta



Geraldo e Marlene viviam em pé de guerra. Embora fossem noivos, eles se desentendiam demais.


 E cada vez que brigavam,jogavam as alianças fora.Mas com a mesma frequência que terminavam o noivado eles também recomeçavam. Então, não era raro vê-los procurando os anéis pelo chão.


A vizinhaça toda sabia disso e se divertia muito com os episódios de separa- volta dos dois.

Certo dia brigaram feio, tão feio que a rua inteira escutava os berros dos dois. Ele a acusava de ser negligente, e ela falava que ele era ciumento.

Com tanta gritaria, formou-se uma pequena platéia envolta deles.Alguns atiçavam a briga, outros tentavam acalmá-los. Quando  se deram conta, haviam jogado de novo as alianças, só que dessa vez alguém pegou e levou embora.

No outro dia arrependidos reataram, mas tiveram que comprar um par de alianças novas.

Ainda não se casaram e nem aprenderam a lição, continuam brigando e voltando, mas as alianças eles  nunca mais jogaram fora.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tempestade

Mais uma noite que está chegando. O peso do dia ainda é sentido. Ela quer apenas sossego, um quarto escuro e nenhuma voz  a atormentá-la. Mas parece impossível, seu rosto cansado já não obedece aos sons que ouve, está atônita, perdida entre palavras cruéis.Além das vozes um vento frio lhe sopra nos pés, gelo total.

Pálida tarde de domingo.As horas se contorcem em agonia, o dia não acaba, a voz não vai embora.Tormenta. Pede por favor para que calem-se, mas ninguém a ouve. Ao contrário, continuam com suas perguntas sem respostas.

Talvez amanhã, ela possa se levantar e ver o colorido da vida. Hoje, ela quer apenas o conforto de uma noite bem dormida, e se não for pedir muito, o carinho de um príncipe  que lhe aparece em sonhos e a leva para passear em um mar tranquilo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu e meu fogão

Acostumada a ver minha mãe cozinhando no fogão à lenha quando morávamos no sítio, aprendi a gostar, então, quando viemos para cidade achei esquisito o fogão à gás, mas o tempo foi passando e me habituei a ele, isso não quer dizer que eu havia esquecido o sabor da comida feita com fogo à lenha. Sempre tive em minha mente que um dia teria um fogão assim.

Pois é, agora tenho. Mandei fazer um fogão à lenha na minha casa e minha diversão de domingo tem sido cozinhar nele. Ontem mesmo fiz o almoço, um pudim e até café, e acreditem o sabor é incrível. Não sei cozinhar grandes produções, fiz o básico e sem nenhuma modéstia digo que ficou delicioso. Claro que alguns amigos também já experimentaram e gostaram.

Portanto, não me convide pro almoço de domingo, porque eu já tenho compromisso, faça melhor, dê um pulinho aqui em casa que eu preparo o almoço para você.