terça-feira, 27 de setembro de 2011

Notícias

Sempre fui muito impaciente,  achava que tudo  tinha  ser resolvido rapidamente e muitas vezes, muitas vezes  mesmo, tomei decisões erradas.
Estou agora parada num sinal vermelho, esperando que a vida me autorize a passar. Exercitando  minha ínfima paciência. Descobri  que impaciência  também é pouca fé.
Num momento de mudança muito grande e dolorida, tenho esperado pelo melhor.
Sei que o mesmo Deus que sustentou ( em todos os sentidos) até aqui   vai continuar
Segurando minhas  mãos enquanto elas tremem de angustia.Mas também sei que o momento  de alegria está perto. É preciso esperar.
Tenho  tido força para não voltar atrás e confiar que Deus tem o melhor para seus filhos, e creio que essa  coragem, tem vindo das muitas orações que vocês tem feito, muito obrigada.
                                                                                                                                                                                     
 No momento oportuno( espero que em breve), volto para contar as bênçãos recebidas. Creio que serão muitas. Um abraço a todos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Curtas...

Todos os dias reparava pela janela a roupa suja no varal da vizinha, um dia colocou óculos e descobriu que não tinha janela em casa.

Dizia que ela era o maior empecilho do seu sucesso, quando ela pediu o divórcio, caiu no choro.

Achava que ela andava no mundo da lua, como castigo lhe negou todos os bens que tinham adquirido, espantou-se quando viu que ela era feliz vivendo de brisa.

Como ela entendia tudo errado, resolveu esclarecer a situação, depois disso nunca mais a cumprimentou, passou a usar o elevador de serviços.


Sem sapatos andava pelas calçadas mas não invejava os "ensapatados", sabia  que ao usar sapatos teria que sair das ruas e encarar um trabalho  duro.

No velório foi servido pão com mortadela, porque o presunto já cheirava mal.

Passou a  vida tentando escrever igual ao Mario Quintana, nunca conseguiu, mas descobriu que por isso  o admirava tanto.

sábado, 3 de setembro de 2011

Papo de menina

Da sala ouço Valéria conversando com a Vic, parecia estar ensinando ela a se maquiar. Dizia:"use o blush assim, a sombra assado".

 Fui escutando o papo, em um dado momento disse que Vic iria ser sua modelo e que iria maquia-la. Victória resmungou qualquer coisa  e depois ficou quieta, afinal Valéria falava mais que uma matraquinha.

Fui olhar e ela estava terminando de passar batom na Vic que estava com uma cara azeda de tanto ser cutucada.

Terminou o batom, passou um gloss, olhou para cara da Vic e disse:

- Agora sorria, mulher só é bonita quando está sorrindo.

Eu que ando meio ranzinza, quase cair de rir. Menina esperta essa Valéria.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quando tudo parece nada

Lágrimas caem sem pedir licença, ainda na boca o gosto amargo de silêncio que precisa existir, porque qualquer palavra soa como espinhos que machucam.

Na manhã que não existiu, ela resistiu. Não como guerreira, mas como criança que precisa de aprovação.

A tarde cai e sua voz ainda não surgiu, sente-se aprisionada em seu próprio mundo. Não, ninguém lhe entenderia, era complicado demais.



Perdeu a chance de se tornar livre, não por que não tivesse motivo, mas por amor, um amor vermelho demais que escorre entre o corpo e a alma sem chance de voltar atrás. Parece ter perdido a coragem, sua ótica difere de todos a sua volta, seria um bom motivo para se questionar, se tivesse escolha.


Ainda no caminho as pedras parecem pontiagudas, e ferem deixando atrás de si a certeza que um dia serão  apenas cicatrizes, nada mais.

Nada mais.