segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Num dia de domingo

Vou ao supermercado toda semana, geralmente aos domingos de manhã  por ser mais tranquilo para fazer as compras e por ser um dia que tenho menos trabalho. Ontem não foi diferente, acordei cedo, levei a filha do meio para almoçar na casa de uma amiga e seguimos, eu, Val e Vic  para o mercado.

Foi tranquilo, estacionamento vazio, mercado idem. Fizemos as compras  e seguimos para casa. Quando chegamos o alarme estava disparado. " Deve ser porque faltou enrgia" pensei, já que quando saímos de fato ela havia acabado.

Desliguei  o alarme, descarreguei o carro enquanto Val cuidava da Vic, preparei um lanche, sentamos para comer. Alguns minutos depois o interfone tocou, fui atender, era o vigilante do alarme monitorado para saber se estava tudo bem. Disse que sim e voltei para dentro.

Outra vez o interfone tocou, o vigilante me chamou no portão e perguntou se eu não tinha visto nada de errado, pois haviam acabado de assaltar minha vizinha quando ela saía de carro. Fiquei transtornada, a mulher estava em pânico, chorava muito.

Fiquei muito preocupada , o vigilante que deveria cuidar da minha casa chegou quase uma hora depois que o alarme acionou, o marido da vizinha ao invés de consola-lá, só sabia dizer que a culpa era dela por ter demorado a sair, e a polícia? Só apareceu 2 horas depois dizendo que não podia fazer nada.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Memória de mãe

Juliana tinha por hábito acordar todos os dias às 10:00 da manhã,  era recém casada e ainda não tinha filhos, trabalhava a tarde em um escritório de contabilidade. Seu marido era advogado, saía cedo, mas tomava o cuidado de nunca acordá-la, sabia que se ela despertasse antes do acostumado, ficava num "azedume' só. Como um homem precavido preferia evitar discussões com a esposa. Iam vivendo bem, se encontravam todas as noites, conversavam um pouco, jantavam juntos  e se não tinham nenhum compromisso iam direto para cama.

Chegou um tempo que Juliana queria filhos. Maurício sabendo  as implicações que isso causava, ficou com ressabiado. A príncipio tentou tirar a idéia da cabeça da esposa, mas vendo que não tinha jeito, cedeu. Juliana engravidou, saiu do trabalho e passava quase o dia todo dormindo. Com a gestação chegando ao final começaram as reclamações, já que ela não conseguia mais dormir sossegada por causa do peso da barriga.

Maurício quase não ia ao escritório, ficava o tempo todo tentando aliviar os incômodos da esposa. Sem sucesso, só passou mesmo quando o bebê nasceu. Um garoto forte e corado que chorava como se o mundo fosse acabar.

Juliana emagreceu, não conseguia dormir já que o menino parecia ter trocado o dia pela noite, Mauricio já não podia ajudá-la, afinal, alguém precisava trabalhar naquela casa.

Com o tempo as coisas foram se acertando, o menino cresceu e já não incomodava o momento mais precioso da mâe que era dormir.

Estavam felizes com a vida totalmente ajustada, Juliana dormia até às 10:00 já que o menino estudava a tarde e  assim como a mãe adorava uma soneca.
Mas Juliana teve um comichão e achou que precisava ter outro filho ... e começou tudo de novo...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pequena e esquisita




















Andavam pelo pasto,cavaleiro montado no cavalo.
Caíram num buraco.

O cavalo quebrou a pata. O cavaleiro, o pé.
O cavalo passa bem.

O cavaleiro foi sacrificado.

domingo, 14 de novembro de 2010

Era uma vez um fusca...

Essa semana tive que ir ao centro da cidade e "ralei" meu carro, de novo, mas dessa vez foi culpa minha. Levei para o conserto e fiquei horrorizada com preço de uma peça de aproximadamente 2 cm que precisa ser colocada no retrovisor,  além disso terei que espera até 15 dias para ela chegar.

Não consigo imaginar como as revendedoras vendem carros e não tem estoque de peças de reposição, achei o cúmulo. Para ser franca senti saudade do meu 1º carro, um fusca baja vermelho, ano 66, de capota de fibra,  se riscasse era só comprar a fibra e levar no funileiro.

 Ele não tinha seguro, era muito esquisito, mas eu gostava dele.Me divertia um um bocado, quando passava na blitz eu já ia parando, todos os guardas queriam saber se a documentação estava certa. Com ele trouxe Valkiria do hospital e fui com dores de parto para ter a Valéria.

Foi meu companheiro de longa data. Chuva ou sol, lá estava ele sempre a me ajudar.

Os únicos problemas que tinha era que às vezes arrebentava o cabo do acelerador ou da embreagem, mas nada que um mecânico e 10 reais não resolvessem.Além de tudo isso ainda fazíamos rally com ele, era muito divertido.
Mas como tudo na vida tem seu tempo, ele foi vendido para uma rapaz que iria cortá-lo e fazer uma  "gaiola".

Senti muito, mas precisava trocar de carro. Essa semana deu uma saudade...

Agora vou parar de falar nele, senão daqui a pouco começo a sentir saudade da charrete puxada pelo "soldado" que tínhamos lá na fazenda. Definitivamente, não dá nem para imaginar uma charrete nesse trânsito de Londrina...


*Queria colocar uma foto dele, mas estão todas no alto do armário e não deu para pegar, mas era bem parecido com esse da foto

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

De leve


















No raso, porque a profundidade dói
Bloqueio da alma, para não se machucar
Instantes de silêncio, um múrmurio ao longe
E a  vida gritando  para gente acordar