sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Não existe moral na história



Ninguém podia olhar para Zigfredo, tudo lhe era recebido como uma afronta, falar então... era preciso medir as palavras, isso sem falar que de vez em quando entendia só o queriar,  uma pessoa difícil, sem dúvida.

Por aqueles tempos  estava sentindo-se ainda mais  vitimizado(?).

O excesso de trabalho estava lhe tirando o bom humo(qual?). Enfim, pintou e bordou na vida, nunca teve limites, embora adorasse controlar a vida alheia, agora sentia-se cada vez mais sozinho e irritado, o que deixava mulheres em fase de climatério e TPM serem dignas do prêmio Nobel da paz.


Nadava contra a maré e naquele dia em especial resolveu confrontar com o guarda de trânsito sobre uma multa que não considerava justa, afinal, o que tem de errado estacionar na faixa de pedestre e ficar falando ao celular?


Gritou, esperneou, quase foi preso por desacato, mas não teve jeito, foi multado.


Saiu dali querendo brigar com todos, achava aquilo uma  tremenda  injustiça. Ligou para um daqueles repórteres sensacionalistas que adoram mostrar sangue no horário de almoço. Foi prontamente atendido, sem conhecer direito a história o cara colocou a boca no trombone e saiu criticando o guarda, o sistema viário da cidade que não favorecia ao cidadão honesto e trabalhador...blá, blá,blá.


Incomodado com a repercussão do caso, o Tenente coronel quis saber o que havia acontecido, mas antes de tudo, pegou a CNH do dito cujo e fez uma breve pesquisa no Detran da cidade. Descobriu que Zigfredo estava com a carteira cassada Há muito tempo e não tinha entregue ainda.


Só não pode dizer isso e defender a corporação  no programa sensacionalista, porque seu soldado também cometeu o erro de liberar a pessoa sem verificar essa questão.


Todos viveram felizes para sempre, até o dia em que ambos velhos e doentes precisavam usar a faixa de pedestres  e quase eram atropelados pela geração irresponsável que educaram(?).