terça-feira, 22 de março de 2011

Bingo!!!

Não que ele não se importasse mais com ela, apenas não suportava a falação. Se não era da vida da vizinha, era reclamar dos filhos e dele. Cansou, então não ouvia mais, cada vez que ela abria a boca ele começava a pensar consigo " Não é comigo", "não tenho nada com isso" e assim  ia levando a vida.

Meire era uma mulher vistosa, sempre elegante, não tinha um fio de cabelo fora do lugar, em compensação, a língua e o mau humor fazia com que as pessoas se afastassem dela.

Com uma amiga , tão mau humorada quanta ela, começou a frequentar um bingo, desses que são proibidos, André adorou a ideia da mulher ter alguma atividade, ao menos passaria mais tempo com os filhos e não teria que aguentar tanta gritaria, só não imaginou que ela poria em risco todo o orçamento da família.

Aos poucos Meire foi se acostumando com o tal bingo, era cem reais hoje, cinquenta amanhã, até que começou a usar o limite do cheque especial.

André muito desligado, só se deu conta do rombo, quando foi usar o cartão de débito no supermercado e não tinha nenhum saldo. Já era tarde, além do cheque especial, Meire ainda tinha usado todas as opções de crédito do banco e ainda emprestado dinheiro dos parentes.

Naquele dia André se arrependeu de ter sido tão negligente com suas economias, mas prometeu que iria se vingar.

Dito e feito, assim que a mulher saiu para o bingo, deu uma ligada para o local e disse que havia uma bomba no prédio. Todo mundo saiu correndo, a polícia foi chamada e acabou com a festa.

André separou-se de Meire, organizou sua vida financeira, criou os filhos e hoje mora numa ilha no meio do rio Tibagi.

Meire, depois da separação, foi para uma casa de recuperação e em poucos dias fugiu com um bicheiro que nessa altura do campeonato deve estar falido e com problemas auditivos.

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