
Meire era uma mulher vistosa, sempre elegante, não tinha um fio de cabelo fora do lugar, em compensação, a língua e o mau humor fazia com que as pessoas se afastassem dela.
Aos poucos Meire foi se acostumando com o tal bingo, era cem reais hoje, cinquenta amanhã, até que começou a usar o limite do cheque especial.
André muito desligado, só se deu conta do rombo, quando foi usar o cartão de débito no supermercado e não tinha nenhum saldo. Já era tarde, além do cheque especial, Meire ainda tinha usado todas as opções de crédito do banco e ainda emprestado dinheiro dos parentes.
Naquele dia André se arrependeu de ter sido tão negligente com suas economias, mas prometeu que iria se vingar.
Dito e feito, assim que a mulher saiu para o bingo, deu uma ligada para o local e disse que havia uma bomba no prédio. Todo mundo saiu correndo, a polícia foi chamada e acabou com a festa.
André separou-se de Meire, organizou sua vida financeira, criou os filhos e hoje mora numa ilha no meio do rio Tibagi.
Meire, depois da separação, foi para uma casa de recuperação e em poucos dias fugiu com um bicheiro que nessa altura do campeonato deve estar falido e com problemas auditivos.