quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quando tudo parece nada

Lágrimas caem sem pedir licença, ainda na boca o gosto amargo de silêncio que precisa existir, porque qualquer palavra soa como espinhos que machucam.

Na manhã que não existiu, ela resistiu. Não como guerreira, mas como criança que precisa de aprovação.

A tarde cai e sua voz ainda não surgiu, sente-se aprisionada em seu próprio mundo. Não, ninguém lhe entenderia, era complicado demais.



Perdeu a chance de se tornar livre, não por que não tivesse motivo, mas por amor, um amor vermelho demais que escorre entre o corpo e a alma sem chance de voltar atrás. Parece ter perdido a coragem, sua ótica difere de todos a sua volta, seria um bom motivo para se questionar, se tivesse escolha.


Ainda no caminho as pedras parecem pontiagudas, e ferem deixando atrás de si a certeza que um dia serão  apenas cicatrizes, nada mais.

Nada mais.

2 comentários:

  1. "...um amor vermelho demais que escorre entre o corpo e a alma..."

    Vilma, as imagens que vc cria com as palavras são extremamente fortes.

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  2. Vindo de vc que domina bem as letras, fico feliz,
    obrigada pela visita

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