segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Curtas...

Todos os dias reparava pela janela a roupa suja no varal da vizinha, um dia colocou óculos e descobriu que não tinha janela em casa.

Dizia que ela era o maior empecilho do seu sucesso, quando ela pediu o divórcio, caiu no choro.

Achava que ela andava no mundo da lua, como castigo lhe negou todos os bens que tinham adquirido, espantou-se quando viu que ela era feliz vivendo de brisa.

Como ela entendia tudo errado, resolveu esclarecer a situação, depois disso nunca mais a cumprimentou, passou a usar o elevador de serviços.


Sem sapatos andava pelas calçadas mas não invejava os "ensapatados", sabia  que ao usar sapatos teria que sair das ruas e encarar um trabalho  duro.

No velório foi servido pão com mortadela, porque o presunto já cheirava mal.

Passou a  vida tentando escrever igual ao Mario Quintana, nunca conseguiu, mas descobriu que por isso  o admirava tanto.

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